sábado, 31 de março de 2012

[Personalidades] - Eça de Queiroz

Hoje, venho falar-vos de Eça de Queirós. Li " Os Maias" na secundária, e gostei bastante, mas admito, nunca mais li anda do autor (Shame on me). E vocês, já leram alguma coisa dele? O Quê?


Eça de Queiroz  nasceu na Póvoa de Varzim, em 1845. Filho do magistrado José Maria de Almeida Teixeira de Queiroz e de D. Carolina Augusta Pereira de Eça, é registado como filho de mãe incógnita. Baptizado em Vila do Conde, viveu até 1855 em Verdemilho, em casa dos avós paternos, apesar de o casamento dos seus pais se ter realizado quatro anos depois do seu nascimento.

Em 1855 é matriculado no Colégio da Lapa, na cidade do Porto, dirigido pelo pai de Ramalho Ortigão. Aí fará a escolaridade obrigatória até ao seu ingresso na Universidade, que ocorre em 1861, na Faculdade de Direito de Coimbra, onde conheceu Teófilo Braga e Antero de Quental.

Em 1866, envia para o Teatro D. Maria I a tradução de uma peça de José Bouchardy, intitulada Filidor. Forma-se em Direito e instala-se em Lisboa, em casa dos pais, no Rossio, 26, 4º andar, inscrevendo-se como advogado no Supremo Tribunal de Justiça. Inicia a publicação de folhetins no jornal Gazeta de Portugal num total de dez artigos que serão reunidos no volume Prosas Bárbaras em 1909.
Parte para Évora no final do ano, onde irá fundar e dirigir o jornal da oposição Distrito de Évora.

Em 1867 inicia a sua actividade como advogado. Em Julho deixa a direcção do Distrito de Évora, regressa a Lisboa e retoma a sua colaboração na Gazeta de Portugal de Outubro a Dezembro. No final do ano forma-se o «Cenáculo», contando-se Eça de Queiroz entre os primeiros membros; do «Cenáculo» farão parte Antero de Quental, Salomão Saragga, Jaime Batalha Reis, Augusto Fuschini, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, José Fontana, entre outros.

São publicados, em 1869, no jornal Revolução de Setembro os primeiros versos de Carlos Fradique Mendes, "poeta satânico", criação conjunta de Eça, Antero e Batalha Reis.
Viaja, nesse mesmo ano, pela Palestina, Síria e Egipto, onde assiste à inauguração do Canal de Suez em companhia de Luís de Castro, conde de Resende.

Em 1870, volta a Lisboa, publica no Diário de Notícias os relatos da viagem ao Médio-oriente com o título «De Port-Said a Suez». Publica no mesmo jornal de O Mistério da Estrada de Sintra, em colaboração com Ramalho Ortigão (de Julho a Setembro). É nomeado Administrador do Concelho de Leiria. Em Setembro presta provas para cônsul de 1ª classe no Ministério dos Negócios Estrangeiros, ficando classificado em primeiro lugar.

É publicado, em 1871, o primeiro número d'As Farpas dirigido por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão. Realizam-se as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, não se tendo cumprido a totalidade do programa previsto devido à proibição governamental ter impedido a sua continuação. Eça profere a quarta conferência intitulada «A Nova Literatura ou O Realismo como Expressão de Arte».

Em 1872, é nomeado cônsul de 1ª classe nas Antilhas espanholas. No final do ano será empossado no seu cargo em Havana, aí permanecendo durante dois anos.
Em 1873,viaja pelo Canadá, Estados Unidos e América Central.


Em 1874,Publica o conto«Singularidades de Uma Rapariga Loura» no Brinde aos senhores assinantes do "Diário de Notícias" para 1873.

Em 1875 dá-se a Publicação, na Revista Ocidental, dirigida por Antero de Quental e Jaime Batalha Reis, da primeira versão de O Crime do Padre Amaro.Conclui a escrita de O Primo Basilio em Newcastle.
Iniciaa escrita de A Capital!, publicada vinte e cinco anos após a sua morte.

Em 1878, entra em contactos com o editor Chardron apresentando Cenas da Vida Portuguesa, projecto para  12 volumes de novelas.- Publicação de O Primo Basílio (1.' e 2.' ed.) - Transferência para o consulado de Bristol. Inicia a sua colaboração com um jornal do Rio de Janeiro, a Gazeta de Notícias, que só terminará em 1897.

Em 1880, publica a novela O Mandarim em folhentins do Diário de Portugal, e os contos «Um Poeta Lírico» e «No Moinho», em O Atlântico.

Em 1883, é eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências e Reescreve O Mistério da Estrada de Sintra.

Em 1886 casa-se com Emília de Castro Pamplona, no oratório particular da Quinta de Santo Ovídio no Porto.

Em 1887 concorre com A Relíquia ao Prémio D. Luís da Academia Real das Ciências, perdendo a favor de Henrique Lopes de Mendonça com a obra O Duque de Viseu. No entanto, essa obra é publicada.

Em 1888, publica Os Maias.Publica também, no jornal portuense O Repórter, dirigido por Oliveira Martins, lgumas «Cartas de Fradique Mendes». Forma-se em Lisboa o grupo d'Os Vencidos da Vida.

Em 1889,sai o primeiro número da Revista de Portugal, de que é director.


Em 1894, inicia a escrita de A Ilustre Casa de Ramires, e Publica «as histórias: O Tesouro» e «As histórias: frei Genebro», na Gazeta de Notícias.

Em 1895, Organiza, em colaboração com José Sarmento e Henrique Marques, o Almanaque Enciclopédico para 1896 .Publica «O Defunto» na Gazeta de Notícias. Um ano depois, organiza, com os mesmos colaboradores, o Almanaque Enciclopédico para 1897 e Publica Antero de Quental - In Memoriam em que Eça colabora com o texto «Um génio que era um santo». 


Em 1899, Prepara, em simultâneo, a publicação de três romances: A correspondência de Fradique Mendes, A Cidade e as Serras e A Ilustre Casa de Ramires.

Morre a 16 de Agosto de 1900, após doença prolongada. Os funerais realizam-se no cemitério do Alto de S.João, em Lisboa.


1 comentário:

  1. Li várias coisas. A Cidade e as Serras é um favorito, e alguns contos são muito bons (por exemplo, A Perfeição)

    ResponderEliminar