terça-feira, 11 de setembro de 2012

[Opinião] - "O céu existe mesmo" de Todd Burpo e Lynn Vincent




"Não me sentia bem por ter ficado tão zangado com Deus. Enquanto eu estava tão perturbado, a arder com uma raiva justa por Ele estar prestes a levar o meu filho, adivinhem quem estava a pegar nele ao colo? Adivinhem quem estava a amar o meu filho, invisivel? Enquanto pastor, eu sentia que tinha que responder perante os outros pastores pela minha falta de fé."







 Bem, sei que esta é uma opinião muito esperada por alguns de vós. Já li este livro hà algum tempo e, por acaso, emprestei-o hoje.

É um livro pequenino, que se lê rapidamente. Está escrito na primeira pessoa, pois é o relato de Todd Burpo, pai de Colton, o menino que diz ter estado no céu.

Esta é uma leitura que, ao nivel de se gostar, ou não, vai depender em muito das crenças de cada um. Eu sou católica, não praticante (não estou aqui a discutir religião, mas é relevante para o que irei dizer a seguir). Em pequena a minha avó paterna ensinou-me a rezar; ensinou-me o "pai nosso", "avé maria", a "gloria" e o "sinal da cruz". No entanto, nunca frequentei a catequese. Quando o meu pai morreu, a minha crença alterou-se significativamente. Mas, o mais importante é: eu acredito realmente em algo para além da vida, e neste livro, a mensagem é exactamente essa.

Todd é sacerdote, e as suas crenças estão tão intrincadas durante toda a narrativa que é impossivel não esbarrar-mos nelas. Acredito que, tudo aquilo que nos é contado, é-nos transmitido segundo a visão deste senhor. Se calhar, se fosse eu, ou um agnóstico, ou um ateu, ou um muçulmano...teriamos avaliado as situações de modo diferente.

No entanto, foi um livro que mexeu comigo. A ideia de que há realmente alguém a olhar por nós, acalma-me. Em especial a ideia de que os nossos entes queridos estão lá (onde quer que seja) à nossa espera. Não acho que seja tudo como retractado neste livro, mas acho que toda a narrativa tem um toque de mágica...chamem-lhe fé suponho.

Independentemente de concordar com algumas coisas, e não acreditar minimamente noutras, este foi um livro que me transmitiu uma enorme paz de espirito, que me tocou com uma intensidade incrivel.
Se acho que acontecerá o mesmo com todos os leitores? Não, pois cada um sentirá cada palavra consoante a sua fé. Se ficará indiferente ao livro? Também não...amem ou odeiem, mas esta leitura dir-vos-á algo com certeza.

Aconselho, a ser lido com a mente aberta, o espirito livre, e tendo sempre em conta aquilo que o livro é realmente: um relato de alguém ligado á igreja, com uma fé que nem todos podemos partilhar.

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