À Lareira com...José Rodrigues dos Santos, autor de "O Anjo Branco", entre outros.
É factual
que os seus romances referem assuntos actuais. "A Mão do Diabo"
refere-se à crise. Pode falar-nos sobre isso?
Apercebi-me no ano passado que as pessoas em geral não percebem bem o que nos
está a acontecer e porquê. Ficam até confusas quando ouvem os políticos na
televisão a dizer com grande convicção coisas contraditórias: uns dizem que a
culpa da crise é da desregulação dos mercados, outros que é do excesso de
Estado Social que asfixia a economia; uns dizem que não há alternativa à austeridade,
outros que há outros caminhos. Quem afinal tem razão? Escrevi este romance
justamente para dar resposta a essas dúvidas. Acredito que quem o ler
doravante não se deixará enganar tão facilmente pelos políticos.
Tomás Noronha apareceu pela primeira vez no romance "Códex 632". Fale-nos um pouco sobre ele. Como foi construir esta personagem?
Quando
criei o Tomás, nunca me ocorreu transformá-lo no personagem central de uma
série. Era personagem de uma única história. Mas depois, quando concebi A
Fórmula de Deus e tive de pensar as personagens, apercebi-me que não precisava
de as inventar a todas. Já tinha o Tomás, que era perfeito para o papel. A
partir daí, o Tomás passou a ser a figura cenrtral dos meus romances de
mistério - mas não dos romances históricos, claro.
Referiu uma vez que gosta de variar o género - policial, romance histórico, etc - e que fazê-lo dá-lhe prazer. Que vantagens/desvantagens esta variação lhe tem trazido?
Quebra
a monotonia e introduz variedade. Isso é vantajoso para mim e para os leitores.
Um abraço.
Já li alguns livros: A ilha das trevas, Codex 632, A fórmula de Deus, O sétimo segredo e O último segredo. Tenho notado uma evolução muito positiva da sua escrita e aguardo com expectativa a leitura dos restantes. Agora a questão, que não lhe pretende retirar qualquer mérito, será que merece tanta projecção mediática?
ResponderEliminarAcabei há poucas horas o livro "A Vida Num Sopro" e tenho a dizer que este é sem dúvida um grande escritor. Adoro os romances históricos dele, principalmente "A Filha do Capitão" mas confesso que ainda não li nenhum dos policiais dele, já ouvi falar muito bem e muito mal ao mesmo tempo...
ResponderEliminarQuanto à entrevista, gostei das questões, muito pertinentes e interessantes ;)
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