terça-feira, 23 de abril de 2013

[Opinião] - "Um pequeno escândalo" de Patricia Cabot




"Mexendo-se mecanicamente, Kate puxou o cinto do roupão e deixou-o cair pelos ombros abaixo. Depois avançou para a cama, despindo a camisa também. (...) Como pudera esquecer assim a sua educação? (...) onde estava com a cabeça quando inclinara o rosto daquela forma, quase desafiando-o a beijá-la?(...) Perdera a cabeça ao ver o corpo nu dele (...) e, pior ainda, não sabia ao certo se gostava dele."








Quando, o ano passado, a Livros d'Hoje, publicou o livro da autora "Rosa Selvagem", fiquei com bastante vontade de o ler. No entanto acabei por não o adquirir. Este ano não pude resistir e peguei no segundo livro publicado, desta vez pela Quinta Essência. Nunca tendo lido nada da autora foi uma boa surpresa.

A capa, como podem ver, é deslumbrante, mas ao vivo ainda é melhor. E o conteudo não lhe fica atrás.

Este romance, escrito de forma leve, proporcionando uma leitura fluida, transporta-nos para Londres de século XIX, para o centro da Alta Sociedade, das suas hipocrisias, nos seus excessos e escândalos.
É-nos apresentada Kate Mayhew, uma jovem que, ao ficar orfã em num acidente de contornos misteriosos, perde todas as suas regalias e posição social, acaba por se tornar perceptora de jovens.

É assim que acaba por se tornar Dama de Companhia de Isabel Wingate,  filha de Burke, Duque de Wingate. Isabel, começa assim a ver a sua Dama de Companhia como uma figura de referência, um modelo que a ensina como se comportar na sociedade em que vive.
O Conde e Kate acabam por, ao longo do livro, ir desenvolvendo uma atracção que acaba por levar a uma série de momentos românticos entre ambos.

No entanto, entra em cena uma personagem sinistra e misteriosa: Daniel Craven, que confere alguma acção à trama, deixando o leitor agarrado, ainda mais, às páginas do livro.

Uma junção bastante boa de romance, sensualidade, ironia, humor e mistério, Patricia Cabot oferece-nos uma leitura de encher as medidas a qualquer amante de um bom romance, fazendo-nos apaixonar pelas personagens, fazendo-nos viver aquela que seria a vida daqueles que nos acompanham até à última palavra.

Aconselho.


Sem comentários:

Enviar um comentário