domingo, 4 de agosto de 2013

[À Lareira com] - Silvia Soares






À Lareira com....Silvia Soares, autora de "Paris, Paris" e de "O Destino é Praga"




- Fale-nos um pouco sobre si.
Como escrevi na biografia que inclui nos meus livros, não é muito fácil escrevermos sobre nós próprios. Mesmo para quem escreve! 
Tenho 27 anos, vivo na grande Lisboa, apesar de as minhas raízes pertencerem ao norte do país, com o meu marido e a minha filha. Trabalho na área financeira e escrevo nos tempos livres (almoço, madrugada, fim de semana, férias…). Adoro viajar, uma boa esplanada com vista para o mar, a família, os amigos  e, quem me conhece, sabe que trago sempre com um sorriso no rosto. Sonho um dia ter uma biblioteca minha no sótão de uma casinha branca com uma janela virada para um jardim repleto de flores. 

- Quando e como sentiu a paixão pela escrita?
A minha paixão pela escrita vem desde que aprendi a escrever! Sempre me esmerei nas composições da escola, cheguei a ter até pequenas conquistas em concursos de escrita nesses tempos! Por volta dos meus treze anos, ainda morava em Amarante, comecei a escrever um livro de aventuras com as minhas amigas. Nunca o chegamos a terminar, porque, entretanto, mudei-me para o Porto. Continuei a escrever, poesia, textos, no diário J, romances… mas nunca terminava nada. Há uns anos atrás, decidi voltar à escrita em força e terminar os livros que tinha começado. Não aconteceu nada disso! Comecei novas histórias, porque já não me identificava com as antigas. E foi assim que surgiu “Paris, Paris”. Desde aí não paro de escrever! Escrevo os meus romances e participo num blogue com uma amiga onde escrevemos ao desafio (Histórias a Quatro Mãos).

- Em poucas palavras, o que a escrita significa para si?
Para mim a escrita é, em primeira instância, uma necessidade básica. Algo de que preciso para viver feliz! Mas é também uma terapia, um hobby, um escape…muitas coisas!  

- Publicou, primeiramente, o seu conto “Paris, Paris”. Como surgiu a ideia para o escrever? E como decidiu publicá-lo?
A ideia de escrever “Paris, Paris” surgiu numa viagem que fiz com o meu marido e a minha filha a Paris. De lá trouxe a inspiração, as ideias e a vontade de que precisava. Depois decidi que iria publicá-lo, algo com que já sonhava há alguns anos. Não deixar este mundo sem antes publicar um livro! Optei por ser em ebook, primeiro porque se trata de um conto, é pequeno demais para ser editado em papel e, depois, para ver a reacção do público alvo. Ver se os leitores gostavam da minha escrita. Tinha esperança de que se os leitores gostassem eu iria ter a força para criar mais e mais. E assim aconteceu!

- De alguma maneira, a personagem, escritora, Paris, tem algum “bocadinho” de si?
A verdade é que eu gosto que os meus personagens tenham  sempre algo a ver com a escrita, uns escritores, outros jornalistas, outros gostam de ler…E nesse aspecto, Paris tem a ver comigo. Mas de resto, a não ser o chá de canela  , Paris não tem nada de parecido comigo! Contudo, vendo o conto como um todo, sim, terá alguns pedacinhos de mim.

- Como foi ver e sentir a aceitação do público a essa sua primeira publicação?
Foi muito gratificante sentir a aceitação dos leitores. Todos me pediam mais e transmitiam opiniões positivas ao meu modo de escrever. Alguns fizeram também criticas construtivas quanto à dimensão da história. Foi o incentivo de que precisava para continuar, seguir em frente! Não tenho parado de escrever! Obrigada a todos por isso

- Publicou, recentemente, o seu livro “O destino é Praga”. Um género diferente do seu primeiro conto.  Sentiu, de algum modo, uma evolução no que diz respeito à sua escrita? O que nos pode contar acerca deste livro?
Sim, senti sem dúvida uma evolução na minha escrita, não só pelo que aprendi ao escrever “Paris, Paris”, mas também porque leio muito. Foi também uma evolução, porque em “Paris, Paris” não tenho diálogos e este romance “O Destino é Praga” é contado na primeira pessoa pela boca dos meus personagens. Foi um desafio engraçado, para mim! Quanto a este meu último romance “O Destino é Praga” posso dizer que é uma história simples, cativante pela aproximação à realidade dos desafios, alegrias, sentimentos e pensamentos envolvidos. Acho que acaba por ser fácil identificarmo-nos com algo nesta história.

- Sei, pela sua página de facebook, que já tem um romance em mãos. O que nos pode desvendar desse novo projecto?
Sim, já estou a escrever num terceiro projecto, um novo romance, inspirado na última viagem que fiz. Para já não posso adiantar muita coisa apenas que já ultrapassou as 80 páginas escritas e que, quem leu e gostou de “Paris, Paris” e “O Destino é Praga” terá uma surpresa agradável.  Trata-se de uma história forte que nos fará sorrir, emocionar e apaixonar. E mais não digo! 

- Na sua página refere que “já plantei uma árvore, já tive um filho e já escrevi um livro. Mas este é só o começo, não o fim! Descobri que estas não são resoluções para a vida, são apenas o meu primeiro capítulo”. Sente já uma pontinha de realização pessoal? No entanto, sente que ainda há mais para vir?
Exactamente! Sinto, como disse, uma pontinha de realização pessoal, mas procuro muito mais! Mais rebentos dessa árvore, mais filhos, se possível, e muitos mais livros escritos e publicados!  Posso dar-me ao luxo de dizer que estou muito feliz com a minha vida, mas tenho muitos sonhos, muitas ambições pelos quais continuarei a lutar.

- Para terminar, o que pode dizer aos nossos leitores?
Aos nossos leitores posso agradecer-lhes todo o apoio e carinho, sem eles não haveria motivação que perdurasse, pedir-lhes que não deixem de acreditar em nós e deixar-lhes a promessa de que não pararei de criar histórias, de lhes proporcionar bons momentos de leitura e inspiração.
Para quem ainda não me conhece, convido a fazer “Like” na minha página do Facebook para seguir as novidades.
www.facebook.com/SilviaSoaresoficial

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