quarta-feira, 14 de agosto de 2013

[Opiniões Tertulianas] - "Obsessão" de Maya Banks


"Após a estreia da escrita de Maya Banks com os seus deliciosos Highlanders em Na Cama com um Highlander, fiquei bastante curiosa quando este livro saiu. Obsessão está num estilo e num registo bastante diferente da sua outra série, com talvez um pouco menos de magia, mas ainda assim conseguiu ser uma leitura agradável com momentos de pura adrenalina para sabermos o que vai acontecer a seguir.
(...)
A escrita é ousada, a linguagem muitas vezes obscena e o fim um tremendo cliché que aquece o coração a qualquer mulher mais romântica. Foi uma leitura que oscilou entre momentos de riso, de ansiedade a apreensão, mas que foi acima de tudo descontraída. Óptima para quem quer esvaziar a cabeça dos problemas do dia-a-dia e relaxar um pouco." in Morrighan






Obsessão de Maya Banks retrata a história de uma jovem que procura um trabalho para a sua vida que vá de encontro ao curso que tirou. Quando Gabe a contrata para sua assistente pessoal, Mia aceita mais do que um simples emprego, tornando-se sua submissa pessoal, e assinando um contrato que concede a Gabe todos os direitos do seu corpo. 

A história, apesar de similar a muitos livros do género, procura destacar-se com a premissa de uma paixão platónica já existente quando Mia era ainda uma adolescente.

Após uma separação dolorosa com a ex-mulher, Gabe decide não confiar em mais nenhuma mulher da sua vida, mas Mia vem mudar isso para o milionário que tanto a deseja. 

A linguagem presente neste livro resulta de uma tradução perigosa do inglês, que leva o leitor a interromper o "flow" da imaginação devido ao ridículo das expressões utilizadas ("picha" para descrever o órgão masculino foi definitivamente um infortúnio da tradução realizada!). 

Para além disso, o final deste livro deixa algo a desejar, transmitindo a sensação de que a autora foi pressionada para finalizar o livro. Os contos de fadas deviam, na minha opinião, ser deixados para trás quando se trata de livros que pretende desenvolver de forma explicita o prazer carnal, que em nada combina com pedidos de casamento, apenas porque o protagonista faz algo de errado com a amada e em ordem a recupera-la necessita de um gesto grandioso.

Carla Cardiga
 

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