domingo, 29 de dezembro de 2013

[Opinião] - "A Provocadora" de Madeline Hunter



"(...) não a vinculei a mim naquele jardim e naquela noite por causa da sua fortuna, Verity. Se fosse só isso que estivesse em jogo, podia ter agido de forma diferente. 
-Então porque razão foi?
- Por si. Eu queria-a. Desejava-a. Há dois anos, era uma rapariguinha submissa e calada. Mas a mulher que me enfrentou em Cumberworth...instigou o diabo que existe dentro de mim e a partir deste momento eu já sabia o que ia acontecer. É a razão masculina mais antiga do mundo e não é nenhuma desculpa....




Fiquei fã de Madeline Hunter quando li "O Sedutor" (opinião aqui). Quando saiu "Deslumbrante", o primeiro livro da série As flores mais raras agarrei-me a ele, mas a verdade é que não foi tão bom como esperava (opinião aqui). Assim admito que peguei neste com alguma expectativa, e felizmente a autora voltou a cativar-me.

Neste livro ficamos a conhecer melhor o conde de Hawkeswell, de quem tivemos um pequeno vislumbre no primeiro livro. Ficamos ainda saber os contornos da história da sua esposa desaparecida, supostamente morta e que, sem que se esperasse, volta do mundo dos mortos (ou melhor, do local onde esteve escondida todo aquele tempo). 
Nesta leitura gostei de vários aspectos, como não seria de estranhar sendo que gostei bastante do livro. Madeline Hunter sabe como contar uma história, sabe como escrever de forma fluida e cativante de modo a que nos embrenhemos na leitura e vivamos juntamente com aquelas personagens. Verity é uma mulher de personalidade forte e vincada o que faz com que esta se diferencie do "protótipo" de mulher fútil e/ou inocênte e ignorante com o qual nos cruzamos em diversos livros deste género. É, claro, necessário ter em conta a sociedade na qual os personagens estão inseridos e contextualizar as acções dos mesmos nessa época. Hawkswell também foi uma personagem da qual gostei. Já em "Deslumbrante" era um personagem enigmático, com a o desaparecimento da sua esposa. Aqui ficamos a conhecê-lo um pouco melhor, a perceber como viveu nos anos em que Verity esteve desaparecida. É um homem carismático, com um temperamento complicado e com alguns laivos de sentido de humor. São suas personagens que crescem bastante ao longo do livro, à medida que a intimidade e o amor começa a despoletar neles também as suas personalidades começam a desabrochar, o que me agradou muito.
Para além destes personagens é bom voltar a ler sobre personagens já nossas conhecidas, como Sebastian e Audrianna e, claro, as suas amigas das Flores Preciosas, todas com as suas histórias de vida enigmáticas. 

Posso assim dizer que foi uma leitura bastante agradável, na qual me embrenhei e com a qual passei um bom bocado. Fiquei curiosa e espero com expectativas elevadas o terceiro livro da série, onde saberemos um pouco mais sobre Celia.
Uma leitura que aconselho.

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