sábado, 14 de junho de 2014

[Oponião Tertuliana] - "A Viagem do Tigre" de Colleen Houck




"A Viagem do Tigre" transportou-me para um mundo de fantasia, ora encantador, ora assustador. Colleen Houck é de uma imaginação deveras fértil, criando uma realidade paralela de constante aventura, perigo e emoção, aliando a uma bela e romântica história de amor.

Uma leitura rápida e viciante, em consequência do ritmo frenético e vertiginoso marcado pela autora, o terceiro livro da saga "encheu-me as medidas", não só pelas provas físicas prestadas pelas personagens, assim como pelo clima de romance inquestionável e delicioso!" in Leitura Não Ocupa Espaço





Na opinião que escrevi sobre o segundo volume da saga do tigre, “O resgate do tigre”, mencionei estar ansiosa pela publicação cá em Portugal do terceiro volume, “A viagem do tigre. Pois bem, assim que soube da iminente publicação do livro, não descansei enquanto não o tive nas mãos. Escusado será dizer que assim que ele chegou às minhas mãos eu comecei de imediato a lê-lo.

 Por vezes quando temos uma grande expetativa em relação a um determinado livro, ao lermos o mesmo, ficamos de algum modo desiludidos, caso o livro não demonstre ser aquilo por que tanto ansiávamos. Muitas vezes não quer dizer que seja um mau livro, mas antes de iniciarmos a leitura colocamo-lo num tal pedestal que depois nos desilude. Não foi de todo o que me aconteceu ao ler este espetacular livro, pelo contrário, a autora continua a surpreender-me, livro após livro.

 Tal como nos volumes anteriores, n’ A viagem do tigre Colleen Houck continua a descrever de uma forma exímia as maravilhosas paisagens e os cenários idílicos da Índia, bem como toda a atmosfera vivida pelas personagens do livro, fazendo com que o próprio leitor sinta na pele todo aquele ambiente. O crescimento das três personagens principais é evidente, principalmente de Kishan, e o triângulo amoroso que se tinha iniciado no segundo livro permanece, tornando a relação entre os três algo conflituosa e transportando paro os leitores os sentimentos vividos tanto por Kelsey como pelos dois “tigres”.

 Depois de Ren ser resgato do aprisionamento levado a cabo pelo malvado Lokesh e de, consequentemente ter perdido as suas memórias, a demanda de Kelsey e dos “seus” dois tigres, bem como de Mr.Kadam e de Nilima continua, desta vez com a procura do color da deusa Durga. Para encontrar o precioso color que os aproximará do fim da maldição, os três aventureiros têm de ultrapassar vários obstáculos e de enfrentar os quatro dragões que protegem e zelam pelo bem-estar do planeta terra. A forma como a autora descreve cada um dos dragões é excecional, fazendo-nos imaginar os mesmos com muito pormenor. Para além disso, as personalidades dos dragões são extremamente vincadas e diferentes entre si, fazendo com que o leitor forme uma imagem completa de cada um deles.

 O único aspeto negativo que tenho a apontar sobre esta leitura é a existência de “gralhas” na tradução do livro, no que diz respeito ao contexto. Por exemplo, um dos erros encontrados várias vezes diz respeito à incoerência do verbo em relação à pessoa a que este diz respeito. Estas gralhas, não tornam a leitura impossível, mas tornam-na um pouco desagradável.
Apesar disso, a forma de escrita continua fluida e estimulante, mantendo vivo o bichinho da leitura dentro do leitor e aguçando a curiosidade para a leitura do próximo livro. 

Inês Rodrigues

1 comentário:

  1. Se gostaste desse então espera pelo quarto! É ainda melhor em termos de enredo e desfecho da história. Depois de comprar o 1º volume em português, comprei os restantes em inglês :)

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