domingo, 19 de abril de 2015

[Opiniões Tertulianas] - "Cress" de Marissa Meyer



Após ter descoberto que afinal o livro “Cinder” da autora Marissa Meyer era o primeiro volume de uma saga e não um romance isolado e de ter lido o segundo volume da mesma, “Scarlet”, fiquei completamente apaixonada por esta série de livros. Escusado será dizer que assim que saiu o terceiro livro, “Cress”, o quis ler imediatamente.

 Tal como os primeiros dois livros desta saga, este também se baseia num conto tradicional. Desta vez o conto escolhido pela autora é a Rapunzel, pelo que uma nova personagem se vem juntar à narrativa. Denominada de Cress, esta personagem tem um papel de destaque neste livro, tal como Cinder teve no primeiro e Scarlet no segundo. No entanto, apesar do surgimento desta nova personagem e da saliência que lhe é dada, a autora não deixou que as personagens já conhecidas do leitor fossem esquecidas e relegadas para segundo plano, sendo estas tão importantes e participando tanto na acção da história como Cress.

 Neste “capítulo” da história de Cinder e da guerra entre terrestres e lunares, conhecemos Cress, uma rapariga que vive há muitos anos fechada numa nave que orbita no espaço, isolada de tudo e de todos e tendo como apenas como visita a taumaturga lunar que lhe leva, de tempos a tempos o básico para Cress sobreviver. Essas visitas têm como principal intuito saber novas informações sobre Cinder e os restantes fugitivos (quem leu o segundo livro sabe de quem estou a falar), pois Cress está encarregue de descobrir o seu paradeiro e informar a taumaturga, de forma a que esta possa dar a informação à rainha Levana.

 A um certo ponto da narrativa Cress encontra-se com as restantes personagens, integrando o grupo de amigos e defensores da paz terrestre constituído por Cinder, Scarlet, Wolf e Thorne. A partir daí a história ganha acção e adrenalina, prendendo mais o leitor.

 Como não podia deixar de ser, surge um novo romance neste livro, sendo um dos intervenientes a jovem Cress. Quanto ao outro interveniente, não vou dizer para não estragar a surpresa e a emoção de quem quiser ler o livro.

 Cress é uma jovem rapariga que não conhece outra realidade se não aquela que sempre conheceu, a vivência numa nave, sozinha na imensidão do espaço, sem contacto com outros seres humanos como ela, sem conhecimento da complexidade existente nas relações humanas. Vê-se assim apanhada de surpresa quando chega ao planeta Terra e inicia uma relação de amizade (e quem sabe algo mais…) com um tripulante da nave de Cinder.
 Ao longo do livro vamos conhecendo Cress, percebendo que é uma rapariga doce e inocente no que diz respeito ao mundo e às relações humanas, contrastando imenso com aquele que será o seu par romântico. O elemento masculino desta relação foi outra das personagens que mais gostei de conhecer em mais pormenor, pois no livro anterior conhecemos apenas um lado desta personagem.

 Gostei do facto de a autora não ter deixado nenhuma personagem de lado, apesar do aparecimento de novas personagens. Na minha opinião a distribuição dos capítulos relacionados com Cinder e dos relacionados com Cress foi muito bem conseguida pela autora, sendo que esta conseguiu manter o interesse do leitor em ambos os contextos.


 Posso assim concluir dizendo que mais uma vez Marissa Meyer não me desiludiu e que mal posso esperar para ler o último livro desta fantástica saga, “Winter”, aguardando ansiosamente pela sua publicação cá em Portugal.

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