quarta-feira, 5 de agosto de 2015

[Opinião Tertuliana] - "A Bela e o Vilão" de Julia Quinn


Mais uma vez vos apresento a minha opinião sobre um livro de Julia Quinn, desta vez com o título “A bela e o vilão”.

Neste volume da Série Bridgerton, a autora foca a sua atenção em Francesca, o sexto rebento da família Bridgerton, explorando, como é seu hábito, a vida amorosa da protagonista. Esta tem uma personalidade mais calma e reservada, distinguindo-se claramente dos seus irmãos e irmãs e, sendo dessa forma a que menos se destaca no seio da sua tão particular família. Talvez por essa razão a acção deste livro, tal como a do anterior, se passe a alguma distância da família Bridgerton, ainda que esta esteja sempre presente, aliás, não poderia ser de outra forma.

A história desta jovem Condessa inicia-se com o falecimento do seu marido, Conde de Kilmartin, acontecimento que a deixa devastada e com um profundo sentimento de perda. Também o primo do falecido, Michael Stirling, demonstra sentir um grande vazio após o desaparecimento do seu chegado primo, no entanto, não pode deixar de notar que este terrível acontecimento o aproximou de Francesca, a viúva do seu marido, por quem nutre sentimentos que nunca ousou admitir. Com esta aproximação, Francesca vai-se ver frente a frente com um grande dilema: será que é correto apaixonarmo-nos pelo primo do nosso falecido marido? E será que é possível consumar esses sentimentos sem denegrir a sua honra? Tal como Francesca, também Michael se defronta com os mesmos demónios, tornando os tempos decorridos após a morte do Conde Kilmartin num jogo do gato e do rato entre os dois, ainda que sem o admitirem, amantes.

Tal como todos os livros que já li desta autora, este está impregnado de paixão e sensualidade, bem como de humor, no entanto, de alguma forma a história desta jovem Bridgerton não me deliciou tanto como os anteriores volumes da saga. Gostei das personagens principais, bem como da relação estabelecida entre os dois protagonistas, mas ao virar a última página, o sentimento de satisfação não foi tão grande como tem sido com as leituras desta autora.

Não estou no entanto arrependida de o ter lido, e continua a desejar ler o próximo volume, pois continuo a gostar da forma de escrita leve e agradável da autora, assim como da faceta humorística com que a mesma impregna as suas obras. Posso ainda apontar como aspectos positivos a intensidade da relação entre Francesca e Michael, que vai aumentando com o desenrolar da história e deixa o leitor expectante, à espera que os fortes sentimentos que unem as duas personagens venham finalmente à tona.

 Apesar de tudo recomendo a sua leitura, afinal de contas, nem todos somos iguais e talvez vocês consigam apreciar esta nova aventura da família Bridgerton mais do que eu.


Sem comentários:

Enviar um comentário