“A seleção já não era uma coisa que estava simplesmente a acontecer-me, mas algo
onde eu era parte ativa. Pertencia à Elite.”
Eu adoro distopias. Claro que gosto mais de alguns livros deste género do que de
outros, mas no geral as histórias passadas em realidades distópicas aguçam a minha
curiosidade. Como não podia deixar de ser, quando soube da existência deste livro de
Kiera Cass, bem como que este seria o primeiro de uma saga literária, quis lê-lo de
imediato.
A ação deste livro passa-se nuns EUA distópicos, em que já só resta um país
monárquico denominado Illéa e cuja sociedade se encontra dividida em 8 castas,
sendo a casta nº1 a mais baixa e a nº8 a mais alta. Existem ainda os chamados
rebeldes, que não pertencem a nenhuma casta, vivem à margem da lei e roubam para
conseguir comer. A partir da casta mais baixa e à medida que se vai subindo na
pirâmide, as condições de vida e de trabalho vão melhorando, até à 8ª casta à qual
pertence a realeza, que é considerada a Elite da sociedade.
A personagem principal da trama chama-se America Singer e pertence à casta nº5. É
uma jovem que ao contrário da maioria não ambiciona pertencer à realeza e por
conseguinte, não tem qualquer interesse em concorrer ao concurso que irá escolher,
de entre 35 candidatas, a nova princesa de Illéa. No entanto, por razões que vocês irão
descobrir se quiserem ler o livro, América acaba por aceder a participar no concurso,
ainda que a contragosto, pelo menos ao princípio.
Ao longo do livro podemos então “assistir” ao surgimento de uma relação entre
América e o príncipe Maxon, que mostra não ser o típico menino fútil e mimado da
realeza e que demonstra ter grande afeição pela personagem principal do livro. Não
será uma relação fácil e ainda menos a estadia de América no Palácio e naquele
mundo tão diferente do céu.
Posso dizer que gostei, de um modo geral, da história e do conceito do livro, no
entanto, fiquei um pouco desiludida com a sua leitura. A narrativa não me prendeu da
forma que eu esperava quando peguei no livro e as personagens não me cativaram o
suficiente. Gostei da escrita, ainda que tenha achado alguns momentos algo
aborrecidos, pois na sua maioria o seguimento do texto foi bastante fluido. Acredito
que este meu “desapontamento” se deve ao facto de ter sido dado tanto ênfase a esta
saga literária e a este livro em particular, pois eu acabei por criar uma grande
expetativa, que acabou por não se revelar da forma que eu esperava.
Já não é primeira vez que o primeiro livro de uma saga literária não me agrada
inteiramente e na maior parte desses casos o segundo volume consegue redimir a
leitura do volume anterior. Por isso, pretendo ler a sequela de “A seleção”, que espero
que seja mais do meu agrado.
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