“É possível encontrar a felicidade no fim do mundo”, se nunca deixarmos de a
procurar.
Se leram a minha opinião relativa ao primeiro livro desta trilogia, “No país da nuvem
branca”, sabem que foi um livro difícil de me conquistar, mas que no fim eu acabei por
me render à história de Gwyn e Helen. Parece-me que a autora Sarah Lark tem o dom
de me tornar algo difícil a leitura das suas obras, pois durante a leitura desta segundo
livro também senti alguma dificuldade em prosseguir a mesma.
Não posso obviamente dizer que a culpa é da autora, até porque no fim eu acabo por
ficar com uma opinião positiva do livro. Talvez seja eu que escolha sempre uma má
altura para ler os livros desta autora, ou então é a sua escrita que de alguma forma me
aborrece um pouco quando começo a lê-los.
À semelhança da história do volume anterior, a história de “A canção dos Maoris”
centra-se de igual forma na vida de duas jovens raparigas, bem como nas relações que
elas vão estabelecendo ao longo da mesma. Desta vez as personagens principais, Kura
e Elaine, partilham um grau de parentesco, são primas, e têm feitios e formas de ver a
vida muito díspares. Kura, neta de Gwyn, tem sangue maori a correr nas suas veias e
tem um feitio irrascível. Já Elaine, neta de Helen, é uma sonhadora e uma romântica
incurável. As duas têm um talento incrível para cantar e tocar piano, no entanto, não
podiam ser pessoais mais diferentes uma da outra.
Ao longo do livro, cujo nível da escrita se mantém fiel ao primeiro volume, Sarah Lark
leva-nos a conhecer os sonhos e as aspirações destas duas jovens, bem como as
dificuldades que vão encontrando ao longo das suas vidas. Dificuldades estas que as
vão tornando mais fortes. Esta é a característica que aproxima as duas primas, por
muito distintos e incompatíveis que os seus feitios sejam: a sua força e preserverança.
No diz respeito às personagens, nenhuma delas me apaixonou como Gwyn o fez no
primeiro livro da trilogia, ainda que tenha gostado muito do rumo que a personagem
Elaine tomou com o decorrer da trama. Houve ainda duas personagens que tiveram o
dom de me irritar profundamente: Kura e William, a primeira mais do que a segunda.
Apesar disso, gostei da forma como a autora conseguiu aproximar as duas
personagens femininas de maior relevo, e da mudança que a personagem Kura sofreu
mais para o fim do livro.
Um outro aspeto que prezei que estivesse presente nesta leitura foi a constante
referência ao povo Maori e às suas tradições, pois esta foi uma das características que
mais apreciei no livro anterior.
Desta forma, posso dizer que, ainda que tenha gostado mais de “No país da nuvem
branca”, este também se veio a revelar uma boa leitura.
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